Jericoacara – Como chegar, passeios e dicas

(dez 2016)

Essa foi mais uma viagem reservada de última hora e decidida por um feirão de passagens.

Já tinha passado férias em Fortaleza, então resolvi dividir a viagem entre Jericoacara e Canoa Quebrada. Não pude tirar férias junto com meu esposo, então fui só com a minha mãe.

Como chegar:

Para reservar o transfer de Fortaleza para Jeri, fui no Portal Jericoacara e, neste link preenchi o mini formulário. No mesmo dia e nos 15 dias seguintes recebi dezenas de orçamentos por email e whatsapp das diversas agencias de turismo.

Eis um resumo das opções de transfer e valores:

1. Privativo em 4X4 (Hilux ou SW4 com ar condicionado)

Até 4 pessoas:
Via asfalto ida e volta: entre R$ 980,00 e R$ 1.100,00.
Via praias* ida: entre R$ 850,00 e R$ 1.500,00.

Até 6 pessoas:
Via asfalto ida e volta: entre R$ 1.400,00 e R$ 1.600,00.
Via praias*: entre R$ 1.100,00 e R$ 1.700,00 reais

Estes valores são por carro, independente do número de pessoas.
Como é privativo, podem ser combinados o horário e local de embarque.
*Passa pelas praias de Cumbuco, Pecem, Lagoinha, Paracuru, Guajiru, Flexeiras, Embuaca, Mundau, Baleia, Apiques, Caetanos e Icaraizinho de Amontada, e depois continua pela estrada até a entrada do Parque Nacional. Podem ter mais ou menos paradas dependendo da maré e da agencia.

2. Compartilhado em 4X4 (Hilux ou SW4 com ar condicionado)
Via asfalto ida ou volta: R$ 150,00 reais por pessoa (no mínimo 4 pessoas,
sujeito a disponibilidade).

3. Transporte REGULAR Van ou Micro-ônibus (com ar condicionado)
Ida e volta: entre R$ 140,00 e R$ 160,00 por pessoa, saindo de Fortaleza entre 7h e 8h da Orla de Fortaleza ou mais cedo do aeroporto.


Escolhemos a última opção e reservamos com o Frank Jeri. Nos buscaram no hotel de micro-ônibus. Teve uma parada num restaurante e depois em Jijoca, para trocar de veículo. Foram umas 5h30 de viagem.

A partir de Jijoca começa a aventura. O carro é tipo Jardineira, já que o restante do percurso é entre as dunas de Jeri. Daí o motorista vai deixando os passageiros nos hoteis/pousadas. Foram uns 30/40 min. até a minha pousada. Não é recomendado ir de carro comum porque é só areia, mas vi alguns corajosos pelo caminho.

20161219_140934
“Ruas” até a vila
20161219_162308
Jeri

Ficamos hospedadas no Myo Tattoo Bar porque tem uma ótima avaliação no Booking e por ser perto da principal. Demos sorte também de ser quase em frente ao ponto de encontro da saída para o passeio que reservamos. Achamos bem confortável e o café da manhã razoável. Os donos (que moram lá) também trabalham limpando e fazendo o café.

A vila é pequena, mas cheia de pousadas e restaurantes. E é só areia MESMO. Não adianta levar salto ou tênis, só usei chinelos.
Ouvi muito dizer que era melhor levar dinheiro porque não tem bancos ou caixas, mas só usei mesmo para pagar os passeios. Todos os lugares que fui aceitavam cartão.
A noite é bem animada e com muitos barzinhos, restaurantes, lojas e lojinhas. Recomendo o Maramor. Tem várias opções de lanches e petiscos e o ambiente é bem agradável. Claro que as mesas ficam na areia como a maioria, mas a decoração é linda e a comida é ótima.


Passeios

1º. dia: PEDRA FURADA

Depois de chegar na pousada, ajeitamos as coisas e fomos para o primeiro passeio: Pedra Furada.

Sim, dá para fazer a pé. Não, não é tao perto nem tão fácil.

Foi uma caminhada de 30 min de subidas e descidas entre pedras, areia e lembranças deixadas pelos jegues. Mas a vista recompensa. Mesmo com o tempo fechado.

dsc_7258
Depois da subida, a descida
dsc_7260
Praia de Jeri

Depois da descida, se caminha mais um pouco até a Pedra. Como o tempo estava fechado, não deu para testemunhar o famoso por do sol.

20161219_170525
Pedra Furada

20161219_175507

2º. dia: LAGOA AZUL E LAGOA DO PARAÍSO

A maioria das agencias que mandaram orçamentos de transfer, também mandaram dos passeios, mas preferi deixar para quando chegássemos.

São dois passeios (resumo e preços médios):

LAGOA AZUL E LAGOA DO PARAÍSO
Saída às 9h da pousada. 
Passa pela Praia do Preá, Árvore da Preguiça, Parque Nacional de Jericoacoara, 
Lagoa Azul e Lagoa do Paraíso.
Dura em torno de 5 a 6h.
Buggy para até 4 pessoas: R$ 300,00
Caminhonete para até 4 pessoas: R$ 350,00
Hilux SW4 para até 6 pessoas: R$ 450,00
 
TATAJUBA
Saída às 9h da pousada. 
Passa pela Praia do Mangue Seco, Travessia do Rio Guriu, Praia do Guriu, Parque 
de Dunas e Lago Grande.
Dura em torno de 5 a 6h.
Buggy para até 4 pessoas: R$ 350,00
Caminhonete para até 4 pessoas: R$ 400,00
Hilux SW4 para até 6 pessoas: R$ 550,00

Dá para conseguir mais barato direto com os bugueiros. 

Não achamos o passeio de Tatajuba tão atraente, então resolvemos fazer apenas o das lagoas. Reservamos com os bugueiros indicados pelo pessoal que fez o transfer.

DSC_7379.jpg
Beirando a praia

G0150234_1482260501402_high.JPG

1ª parada: Arvore da preguiça:

DSC_7384.jpg
Arvore da preguiça e minha mãe

20161220_094228.jpg

2ª parada: Parque Nacional

20161220_095256.jpg

E só isso mesmo. A placa e essa “casinha” para tirar fotos.

3ª parada: Lagoa Azul

lrm_export_20161221_074349
Lagoa azul

O Ceará está passando por uma seca de 5 anos, então as Lagoas já não são a mesma coisa. Os bugueiros contam que essa era a lagoa mais bonita e tinha uma infraestrutura de bares, mas hoje é só uma faixa de água e a parada é só para constar e tirar fotos.

4ª e última parada: Lagoa do Paraíso

dsc_7395dsc_7401dsc_7398

O nível da água também está baixo, mas é bem bonita. E tem o famoso Alchymist Beach Club.

20161220_104739
Vista da parte de baixo do Alchymist
dsc_7407
Vista da parte de cima do Alchymist
dsc_7435
Faixa de areia da lagoa

20161220_113401

A parada na Lagoa do Paraíso é a mais longa e para o almoço. O horário do retorno é combinado com os outros passageiros e o bugueiro.

De volta à vila, fomos à praia de Jeri atrás da Dunas do pôr do sol. Mais uma vez o tempo estava fechado, então nem nos demos ao trabalho de subir.

dsc_7453
Onde deveria estar o mar e as dunas

dsc_7459

3º. dia: RETORNO 

Também saímos as 9h, mas de carro “pau de arara”. A parada para almoço foi em outro ponto da Lagoa Azul, longe das redes e com restaurantes mais em conta.

Depois fomos até o mesmo ponto em Jijoca para embarcar no micro-ônibus e recomeçamos viagem. A volta foi bem mais longa e tivemos um pequeno acidente de percurso. O pneu estourou e tivemos que mudar para a van que vinha logo atrás. Felizmente, parte dos passageiros já tinha desembarcado e couberam todos na van. Chegamos a noite no hotel.

Considerações finais e dicas

  • Foi uma viagem bem cansativa. Se fizesse de novo, escolheria o 4×4 e esperaria a seca passar. Vale dizer que estão construindo um aeroporto (que era pra ter sido entregue em dezembro);
  • Não leve muita coisa na mala. Apenas roupas leves, chinelos e protetor solar;
  • Não tive problemas em usar cartão, mas leve dinheiro pelo menos para os passeios;
  • Jeri é linda sim, mas não o paraíso da propaganda. Minha opinião.
  • A lagoa do Paraíso é bem bonita, mas não espere encontrar uma rede livre para você. Não tem o suficiente para a quantidade de turistas e algumas estão rasgadas.
  • O almoço no Alchymist é caro e a comida é bem razoável, tem outras opções.

Logo, logo a parte 2: Canoa Quebrada

Deixe um comentário